USP e Unicamp lideram ranking de universidades da América Latina

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são consideradas as duas melhores universidades da América Latina, segundo a edição 2015 do QS University Ranking Latin Ame rica, recém-publicada. A classificação abrange 300 instituições de ensino superior da região e é realizada desde 2011 pela Quacquarelli Symonds – organização internacional de pesquisa especializada na área. Em 2014, tanto a USP quanto a Unicamp apareciam atrás da Pontifícia Universidade Católica do Chile, que neste ano entra no ranking em terceiro lugar.

A classificação tem por base a avaliação de sete indicadores, alguns com pesos maiores. É o caso da reputação no meio acadêmico, que vale 30% da pontuação, e da reputação no mercado de trabalho, que equivale a 20%. Os outros itens avaliados correspondem a 10% do total da nota cada um: taxa de professor por estudante, citações científicas, publicações por faculdade, quantidade de professores com doutorado e impacto da universidade na internet.

Há 17 universidades brasileiras entre as 50 melhores da atual edição. As mais bem classificadas, além de USP e Unicamp, são a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 5ª posição; a Universidade Estadual Paulista (Unesp), na 8ª; e a Universidade de Brasília (UnB), na 10ª. No ranking geral, em que o QS World University avaliou mais de 3 mil universidades do mundo, a USP figura na 132ª posição.

Progresso – Em outro ranking da organização – o QS Rankings by Subject, publicado em abril –, a USP ficou entre as 50 melhores do mundo em 8 das 36 áreas de concentração avaliadas: Odontologia (12ª); Agricultura e Silvicultura (24ª posição); Arquitetura (33ª); Arte e Design (34ª); Ciência Veterinária (36ª); Filosofia (37ª); Engenharia Civil (47ª); e Farmácia e Farmacologia (46ª).

Segundo o reitor Marco Antônio Zago, apesar das oscilações anuais comuns a essas abordagens semiquantitativas, a tendência geral da posição da USP é de progresso, confirmada por diferentes rankings. Zago destaca que a universidade tem grande expressão internacional porque propicia formação de qualidade na graduação, em todas as áreas de conhecimento, além de ser a mais importante instituição de pesquisa do Brasil. “Somos uma grande universidade de massa, com mais de 90 mil alunos, enquanto a maioria das que lideram os rankings são muito menores. Apesar disso, temos pesquisa altamente competitiva e formamos recursos humanos de qualidade”, conclui.

O coordenador-geral da Unicamp, Álvaro Crósta, ressalta que a evolução é fruto do esforço conjunto de docentes, estudantes e funcionários. “Esse é um resultado a ser comemorado”, afirma.

DOE, Executivo II, 13/06/2015, p. I