Com a medida, uso do modelo ABC, que causou corrida às lojas, não será mais exigido dos motoristas do país
ANDRÉ MONTEIRO
DE SÃO PAULO
ADRIANO QUEIROZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) acabou com a obrigatoriedade de extintor de incêndio nos carros de passeio no país.
A decisão foi tomada nesta quinta (17), três meses depois de o órgão ter decidido manter a exigência do aparelho. A nova medida revoga regra anterior que obrigaria os automóveis a circularem só com extintores de modelo mais completo (tipo ABC) a partir de 1º de outubro.
Esse adiamento causou uma corrida às lojas, e consumidores chegaram a pagar três vezes o preço normal.
Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), a mudança foi motivada por estudo técnico.
O trabalho constatou que os incêndios ficaram mais raros com o avanço da tecnologia dos automóveis, que os aparelhos são pouco usados, que podem causar lesões mais graves em caso de batidas e que a falta de treinamento de motoristas no combate ao fogo amplia o risco.
De acordo com a AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), de 800 incêndios em veículos cobertos por seguros, em apenas 24 (ou 3% do total) foi usado o extintor.
A obrigatoriedade do extintor vigorava desde 1970.
O equipamento continuará obrigatório para vans, ônibus e caminhões.
Folha de S. Paulo