No mês da celebração do Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo (18 de fevereiro), o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) convida beneficiários do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) dependentes de drogas a participar de reuniões semanais (ver serviço) seguidas de consultas individuais (opcionais), que auxiliam no tratamento de dependência química. Promovida pelo Serviço de Psiquiatria do HSPE, a ação recebe pacientes com encaminhamento médico.
O tratamento é baseado na psicoterapia, cuja finalidade é tratar os problemas da saúde mental, como na toxicomania – mania de intoxicar-se com entorpecentes. Os grupos são formados, em média, por oito pacientes, dependentes de substâncias psicoativas, como o álcool, a cocaína e o crack.
“Consideramos que a toxicomania não depende da substância. Os alcoólicos muitas vezes acreditam que a própria dependência é menos grave que as de usuários de outras drogas, o que não é verdade”, explica Alon Faingold, psiquiatra do HSPE.
O médico diz que os usuários de drogas ilícitas têm maiores probabilidades de morte em um curto período de tempo, em virtude de os componentes dos narcóticos serem mais fatais.
Prejuízos ao organismo – O álcool, por ser potencialmente mais lento do ponto de vista orgânico, pode ser ingerido por anos. Com isso, o prejuízo vai-se acumulando de forma mais lenta, porém intensa.
“A possibilidade de passar em consulta todas as semanas garante ao paciente um apoio muito maior. O grupo prioriza a liberdade de escolha do paciente. Assim ele pode preferir passar, ou não, caso não seja verificada alteração psicopatológica que implique solicitar que ele venha à consulta”, explica.
O consumo do álcool causa alterações no funcionamento do organismo, mudanças que podem ocorrer a partir do quinto minuto de sua ingestão até atingir o seu período máximo, entre 30 e 90 minutos depois. Essas características ocorrem no consumo esporádico e em casos de dependência. Os efeitos imediatos do consumo do álcool podem ser variados – sonolência, agressividade, irritabilidade, agitação, alteração de equilíbrio e de marcha.
Já os principais efeitos tardios se dividem entre câncer do sistema digestivo, cirrose, pancreatite alcoólica, perda de sensibilidade em membros inferiores e demência.
DOE, Executivo I, 25/02/2014, p. II