Os parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News ouviram, nesta sexta-feira (14/8), representantes do Google e WhatsApp
Brasil. A reunião aconteceu em ambiente virtual e foi presidida pelo deputado Caio França (PSB).
Desde 2006, o YouTube, citado no requerimento do deputado Edmir Chedid (DEM) para o convite, faz parte do Google. Por isso, o diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do google Brasil, Marcelo
Lacerda, representou as plataformas na CPI.
Ao questionar Lacerda, o deputado Arthur do Val (Patri) pontuou: “Tem canais ali que vivem de espalhar fake news deliberadamente”. Em resposta,
o diretor lamentou não existir solução única capaz de resolver o problema, mas afirmou que a equipe visa conectar o usuário com informações úteis e relevantes, remover e diminuir o alcance de conteúdos duvidosos ou prejudiciais e apoiar o trabalho de algumas organizações.
O representante do Google contou sobre ações contra a desinformação adotadas na pandemia, como a criação de fundos e programas que distribuíram recursos para redações do país e agências de checagem e a exibição de painéis informativos que direcionam os usuários para o site da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que resultou em um aumento de 75% no consumo de conteúdos jornalísticos no YouTube Brasil.
O diretor de Políticas Públicas para o WhatsApp e Facebook Brasil, Dario Durigan, contou que, para o aplicativo de mensagens, a melhor forma
de combater a desinformação é aumentando o espaço para informações
de confiança dentro da própria plataforma.
Quando Durigan abordou a questão de combater as fake news sem violar a privacidade dos usuários, a deputada Monica da Bancada Ativista (PSOL) destacou: “sou partidária da ideia de que não podemos infringir a privacidade nem a liberdade de expressão das pessoas”, mas ressaltou
o fato de que “existe um volume de desinformação que acontece no anonimato”.
Para o representante, isso pode ser minimizado com a criação de mecanismos que limitem automatizações e disparos em massa. “O WhatsApp é
uma das únicas plataformas que, intencionalmente e de maneira proativa, restringe o compartilhamento e a capacidade viral”.
Para o representante, isso pode ser minimizado com a criação de mecanismos que limitem automatizações e disparos em massa. “O WhatsApp é
uma das únicas plataformas que, intencionalmente e de maneira proativa, restringe o compartilhamento e a capacidade viral”.
Na próxima semana, os parlamentares devem receber representantes da Policia Civil e do Tribunal Regional Eleitoral.
Também participaram da reunião as deputadas e os deputados Janaina Paschoal, Maria Lúcia Amary, Paulo Fiorilo e Thiago Auricchio.
BARBARA MOREIRA
FOTO: REPRODUÇÃO REDE ALESP
www.al.sp.gov.br