DE BRASÍLIA
O governo elegeu alguns setores que serão prioritários para a sua nova política anti-demissões, que incluiu corte de jornada e de salários de funcionários de empresas que comprovarem dificuldade financeira relacionada à crise econômica.
Os setores são: sucroalcooleiro, metalúrgico, automotivo, de componentes eletrônicos e de produção de carne. A lista será mais ampla e deverá ser formulada dentro de duas semanas.
Esses são os segmentos que mais têm recorrido ao “lay-off”, em que contratos de trabalho são suspensos temporariamente, poupando a empresa do pagamento de salários e encargos. O trabalhador recebe do governo o equivalente ao seguro-desemprego e é matriculado em um curso de qualificação.
O número de trabalhadores em “lay-off” saltou para 16 mil em 2014, ante 8,4 mil trabalhadores com contrato suspenso em 2013. Neste ano, até abril, segundo o Ministério do Trabalho, já foram 7,7 mil adesões ao regime.
O governo pensou o PPE como alternativa ao “lay-off”. No argumento de ministros e técnicos, o programa poderá ser mais vantajoso para algumas empresas, pois o governo bancará parte das perdas salariais e os trabalhadores não serão totalmente afastados, não havendo interrupção de produção.
Em duas semanas, o governo criará um comitê, formado pelos ministros do Trabalho, Planejamento, Fazenda, Desenvolvimento e Secretaria-Geral da Presidência, para definir os critérios do programa e a lista dos setores.
Folha de S. Paulo