Prefeitura adia por uma semana volta do rodízio de veículos em São Paulo

Do UOL, em São Paulo

A Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo adiou por uma
semana a volta do rodízio de veículos na capital paulista, que está
suspenso desde 26 de dezembro.

A retomada da restrição à
circulação de veículos no centro expandido iria ocorrer inicialmente na
próxima segunda-feira (13), mas foi adiada para a segunda-feira seguinte
(20).

Segundo a
CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a decisão foi tomada por causa
do baixo índice de lentidão que tem sido registrado nos últimos dias em
São Paulo.

A restrição vale de segunda a sexta-feira, das 7h às 10h e das 17h às 20h, de acordo com o número final da placa do veículo.

Desrespeitar o rodízio implica em infração de trânsito de nível médio. A
multa aplicada é de R$ 85,13 e há acréscimo de quatro pontos na CNH
(Carteira Nacional de Habilitação).

Ampliação do rodízio

 A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta quinta-feira (9) um estudo que propõe a inclusão de cerca de 400 novas vias, correspondendo a 371 km, no esquema de rodízio municipal de veículos.

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta sexta-feira (10), durante
visita ao Itaquerão, que sediará a abertura da Copa do Mundo, que
pretende discutir a ampliação do rodízio com a cidade e que não teme críticas caso decida adotar a medida.

“Não estamos apostando na ampliação do rodízio para resolver o problema
do trânsito em São Paulo. Fizemos 300 quilômetros de faixas exclusivas
de ônibus, lançamos o Bilhete Único mensal no prazo combinado, estamos
apoiando os projetos de metrô e monotrilho. Não são medidas paleativas.
São medidas estruturais”, disse.

A previsão é
que a mudança comece a vigorar entre março e abril deste ano, mas antes
será discutida pelo Conselho Municipal de Trânsito e Transporte da
cidade de São Paulo no próximo dia 15.

Com as
mudanças, a prefeitura espera aumentar em 8,5% a velocidade média em São
Paulo no horário de pico da manhã, que passaria dos atuais 18,9 km/h
para 20,5 km/h.

Para José de Almeida Sobrinho, presidente do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro de Ciências do Trânsito, o rodízio de veículos na capital paulista é um improviso.

“Toda medida que envolve rodízio é paliativa. Deve ser adotada enquanto
não se toma outra medida definitiva. Na capital, se tornou permanente”,
analisa o especialista em trânsito.

 

  

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